Sinopse
O pano de fundo deste romance é um Oriente
efabulado, baseado no que pensamos que foi o seu
passado e acreditamos ser o seu presente, com tudo o
que esse Oriente tem de mágico, de diferente e de
perverso. Conta a história de um homem que
ambiciona ser invisível, de uma criança que gostaria de
voar como um avião, de uma mulher que quer casar
com um homem de olhos azuis, de um poeta
profundamente mudo, de um general russo que é uma
espécie de galo de luta, de uma mulher cujos cabelos fogem de uma gaiola, de um
indiano apaixonado e de um rapaz que tem o universo inteiro dentro da boca.
Um magnífico romance que abre com uma história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal e se desdobra numa sublime tapeçaria de vidas, tecida com os fios e as cores das coisas que encontramos, perdemos e esperamos reencontrar.
Entre os 5.000 exemplares da primeira edição, existem 2 que são completamente diferentes: um é a versão diurna do romance, outro a sua versão nocturna. Os leitores estão convidados a descobrir se o seu exemplar é um dos livros especiais.
Os 2 vencedores terão direito a uma oferta de livros do catálogo da Alfaguara.
Um magnífico romance que abre com uma história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal e se desdobra numa sublime tapeçaria de vidas, tecida com os fios e as cores das coisas que encontramos, perdemos e esperamos reencontrar.
Entre os 5.000 exemplares da primeira edição, existem 2 que são completamente diferentes: um é a versão diurna do romance, outro a sua versão nocturna. Os leitores estão convidados a descobrir se o seu exemplar é um dos livros especiais.
Os 2 vencedores terão direito a uma oferta de livros do catálogo da Alfaguara.
Excerto
– A minha mãe, Sr. Elahi, interrogava-se para onde vão os guarda-chuvas. Sempre que
ela saía à rua, perdia um. E durante toda a sua vida nunca encontrou nenhum. Para
onde iriam os guarda-chuvas? Eu ouvia-a interrogar-se tantas vezes, que aquele
mistério, tão insondável, teria de ser explicado. Quando era jovem pensei que haveria
um país, talvez um monte sagrado, para onde iam os guarda-chuvas todos. E os pares
perdidos de meias e de luvas. E a nossa infância e os nossos antepassados. E também
os brinquedos de lata com que brincávamos. E os nossos amigos que desapareceram
debaixo das bombas. Haveriam de estar todos num país distante, cheio de objectos
perdidos. Então, nessa altura da minha vida, era ainda um adolescente, decidi ser
padre. Precisava de saber para onde vão os guarda-chuvas.
– E já sabe? – perguntou Fazal Elahi.
– Não faço a mais pequena ideia, mas tenho fé de encontrar um dia a minha mãe, cheia de guarda-chuvas à sua volta.
– E já sabe? – perguntou Fazal Elahi.
– Não faço a mais pequena ideia, mas tenho fé de encontrar um dia a minha mãe, cheia de guarda-chuvas à sua volta.
Críticas de imprensa
«Afonso
Cruz pertence a uma rara casta de ficcionistas: os que acreditam
genuinamente no poder da efabulação literária. Se isso já era notório
nos seus quatro romances anteriores, mais evidente se torna ao
concluirmos a leitura deste volumoso Para onde vão os guarda-chuvas.
O escritor está agora no auge das suas capacidades narrativas e
serve-se delas para criar um Oriente inventado, onde as histórias brotam
debaixo das pedras e se entrelaçam com extraordinária coesão.»
José Mário Silva, Expresso
«Para onde vão os guarda-chuvas é o ponto mais alto da capacidade narrativa e de efabulação de Afonso Cruz. (…) O que poderia não passar de um exercício de demonstração de sabedoria é um livro cheio de humanidade, muitas vezes brutal, e de um apurado sentido estético. Magnético.»
Isabel Lucas, Público
José Mário Silva, Expresso
«Para onde vão os guarda-chuvas é o ponto mais alto da capacidade narrativa e de efabulação de Afonso Cruz. (…) O que poderia não passar de um exercício de demonstração de sabedoria é um livro cheio de humanidade, muitas vezes brutal, e de um apurado sentido estético. Magnético.»
Isabel Lucas, Público
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