Não há palavras para descrever o vazio que sentimos...é o vazio que deixam as pessoas que se foram para nunca mais voltar. Uma das pessoas mais importante, o talvez a mais importante, da nossa vida foi, foi para sempre e nos ficamos impotentes, sempre com aquela frase na cabeça "gosto de ti... saibas que eu estou sempre aqui, não te deixo sozinha...vamos fazer muitas coisas, eu sei...temos que encontrar-nos, há muito tempo que não te vejo..liga-me..." e se não o fizeste como podes fazer agora? Arrancaram-me outra vez o coração, e o deitaram fora, e agora não sei que fazer...neste momento gostava de voltar atrás no tempo, três dias seriam suficientes, ou então um mês, para ver a sua cara...não consigo pensar no que aconteceu, não consigo... ou talvez não quero...
"Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis."
Natália Correia, Auto-retrato, Poesia Completa, Publicações Dom Quixote 1999
adeus chefa...
"Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis."
Natália Correia, Auto-retrato, Poesia Completa, Publicações Dom Quixote 1999
adeus chefa...
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